A produção de alimentos é composta por várias etapas e, sem dúvida, os métodos utilizados para evitar a propagação de pragas e doenças que é realizado por meio da aplicação de defensivos agrícolas é uma das mais importantes para garantir a safra. Sem a aplicação destes defensivos, seria quase impossível atender a crescente demanda por alimentos no mundo.
Com a aproximação da época de semeadura do milho e da soja, safra (2020/2021), chega a hora de preparar as lavouras com a aplicação de defensivos agrícolas. Iniciando na pré-semeadura através da dissecação de limpeza e após a semeadura com a aplicação de herbicidas, inseticidas e fungicidas.
Aplicação de defensivos: confira as melhores práticas
Como já foi dito aqui, a aplicação de defensivos é de extrema importância para o agronegócio. Vale ressaltar a necessidade de que o agricultor tenha responsabilidade na utilização desses defensivos. Por essa razão, listamos aqui as 5 melhores práticas de aplicação que garantem a segurança alimentar e um retorno financeiro satisfatório.
Definir bem os processos
Um dos maiores problemas nas lavouras brasileiras ainda é a falta de planejamento. Isso porque não definir bem os processos impacta diretamente o desenvolvimento das plantas e na produtividade geral da lavoura.
Para fazer um bom planejamento da aplicação dos defensivos é preciso primeiramente identificar corretamente as pragas e doenças presentes na lavoura, pois só assim será possível fazer a seleção correta dos defensivos que atuam exatamente sobre esse alvo biológico. Fazendo um bom planejamento, o agricultor pode alcançar um alto grau de eficiência no controle de pragas sem comprometer a produção.
É importante lembrar que esse planejamento deve ser realizado a cada safra. Pois, de tempos em tempos surgem novas doenças e pragas que são cada vez mais resistentes e difíceis de combater.
Definindo os processos com base nas orientações de um agrônomo experiente e adotando novas ferramentas do setor, é possível aumentar o nível de produtividade e garantir maior eficiência nas operações de pulverização.
Em resumo, a maioria dos problemas decorrentes da aplicação de defensivos são resultados da falta de um planejamento antecipado, de uma orientação profissional e por produtores que não seguem as melhores práticas recomendadas. Sabendo disso, podemos dizer que, o vilão não é o produto que combate a praga ou a doença, mas sim a forma inadequada usada na aplicação destes defensivos.
Priorizar a segurança
Quando as normas de segurança não são seguidas corretamente, a aplicação de defensivos agrícolas podem trazer danos à saúde do operador pois são produtos químicos.
Por esse motivo, a utilização de equipamentos de proteção Individual, as EPIs, é indispensável. Esses equipamentos ajudam a diminuir os riscos de contaminação do trabalhador rural que irá aplicar os defensivos. Os equipamentos a serem utilizados são: viseira, respirador, touca árabe, jaleco, avental, luva, calça e bota.
É necessário que o próprio empregador rural forneça esses equipamentos ao empregado, conforme os riscos a que este está sujeito, além de orientar a forma correta de uso dos equipamentos.
Outro fator importantíssimo é garantir a segurança alimentar. Para isso, é preciso que o empregador e empregado sigam as recomendações do engenheiro agrônomo, obedecendo às dosagens e aos prazos indicados entre a aplicação e o consumo.
Escolher os produtos e as máquinas certos
Para cada defensivo agrícola há uma forma de aplicação específica que atua de forma diferente de acordo com o alvo biológico em questão. Eles são categorizados em: fungicidas, inseticidas e herbicidas.
Esses produtos geralmente não atuam sozinhos. No mercado existem alguns produtos complementares, como óleos, antiespumantes e reguladores de pH, que aprimoram a eficiência da aplicação. Sempre busque defensivos agrícolas de qualidade e que sejam adequados à praga, sempre sob a orientação de um engenheiro agrônomo.
É importante também armazenar os produtos em local seguro, identificado e distante de itens alimentícios. Descartando as embalagens de maneira correta nas sacolas de resgate, que voltam ao revendedor.
Em relação às máquinas, não existe uma certa, mas sim a mais adequada ao tipo de cultivo com o qual o agricultor trabalha. Para saber qual é a mais adequada, é preciso avaliar o tamanho da área, a janela de aplicação e considerar o rendimento desejado.
Dar atenção à pulverização
Durante o processo de pulverização, é preciso estar atento a alguns detalhes que podem fazer toda a diferença na aplicação.
Selecione, regule e calibre corretamente o pulverizador que será usado, verificando o volume, a velocidade e as especificações de vazão de trabalho conforme as indicações do fabricante.
Fique atento às condições climáticas necessárias para a aplicação dos defensivos para evitar perdas por evaporação ou deriva.
Prepare o operador que fará a aplicação para que ele manuseie os equipamentos com cuidado e saiba lidar com novas tecnologias que o maquinário embarca.
Evite água de lagos ou riachos, pois ela contém materiais orgânicos que podem reagir quimicamente com os defensivos e comprometer a eficácia da aplicação.
Fazer a regulagem e calibração da pulverização
Fazer a regulagem e calibração da pulverização é essencial para a segurança da aplicação dos defensivos.
Fazer a regulagem de um equipamento significa ajustar os componentes da máquina de acordo com a cultura e os produtos que serão utilizados e selecionar os tipos de pontas mais adequados, velocidade de aplicação, altura da barra em relação ao alvo e espaçamento entre os bicos.
Já a calibragem, consiste em verificar qual o volume de aplicação será usado, qual a quantidade de produto que será utilizada e qual a vazão das pontas.
Sabendo a importância de fazer a regulagem e a calibração dos equipamentos, é preciso agora entender como a tecnologia de aplicação pode ajudar o produtor rural.
Tecnologias de aplicação de defensivos agrícolas
As tecnologias de aplicação tem como objetivo aumentar a qualidade da operação, garantir a segurança do produtor e assegurar que o produtor atinja o alvo de forma mais eficiente possível com o melhor custo-benefício.
Essas tecnologias vêm crescendo a cada ano no Brasil, acompanhando o agronegócio. Já existem muitas tendências tecnológicas no setor que têm dado resultados fantásticos e auxiliando o produtor rural. Como por exemplo:
O Eletrovortex: Que combina técnicas de assistência de ar e carregamento eletrostático de gotas para aprimorar a pulverização.
A Telemetria: Que usa diferentes tecnologias para coletar e compartilhar remotamente dados sobre equipamentos e máquinas agrícolas com relatórios diários.
O PWM (Pulse Width Modulation): Que é uma tecnologia utilizada em válvulas eletrônicas para controlar a abertura das mesmas de forma muito rápida para que não haja falhas na pulverização.
O resultado da utilização dessas tecnologias é um maior rendimento operacional.